domingo, 18 de outubro de 2020

MINHA FALA PELA REINAUGURAÇÃO DO MUSEU!

...NÃO FALADA, POR ISSO SEGUE AQUI PARA REGISTRO! 

Estou em frente da placa de reabertura!
A placa ficou escura e será refeita!

Como não consegui fazer minha Fala no ato da reinauguração devido a alguns imprevistos, deixo-a aqui registrada face aos vários detalhes importantes que ela contém para futuros visitantes do Museu inclusive (vejam post à parte contendo as imagens de cada sala e seu conteúdo).

Caros Convidados!

Por termos em nosso meio especialistas em Arte e Museus, vejo-me na obrigação de dizer umas palavras sobre o critério usado na montagem em relação a algumas salas em especial.

Dito isso, começarei pela primeira sala, onde o Autorretrato do Sergius está pendurado "lá em cima", fora do alcance visual normal. Sergius está “velando” pelo Museu lá “do Alto” – esse foi o critério!

As próximas duas salas contem as obras produzidas nos anos 60, após Sergius se aprofundar nos estudos do teólogo Teilhard de Chardin, a ponto desta série ter sido denominada pela Dra. Sàrolta de Viena, pela Série Teilhard de Chardin.

Just in time: Dra. Sàrolta Schredl (ler Xárolta), visitou os Museus e a Casa Sede onde Sergius tinha seu Atelier, em novembro de 2011, para em 2012 realizar uma Retrospectiva no Künstlerhaus em Viena, no caso, em outubro de 2012. (Veja detalhes no link do SITE SERGIUS ERDELYI, em POSTAGENS ESPECIAIS).

A quarta sala é a mais crítica: nela constam obras de várias técnicas, das quais Sergius produziu apenas poucas, mas que constam nos livros (embora não todas), e na minha modesta opinião representam fases onde se vê claramente o que motivava Sergius em produzir arte e que Pieter captou genialmente ao intitular os livros de ART EXPERIMENT E EXPERIMENT ART, ou seja: a Sergius interessava experimentar técnicas, materiais e motivos!

A quinta sala contem os Hinterglas, que, traduzido do alemão significa Pintura atrás do Vidro, que é uma antiga técnica medieval, isso de um lado da parede e do outro a série Mente Livre ou Psychoskopie como a Sergius a denominou. Fora o fato de eu ter intercalado obras maiores e no meio uma menor, para dar uma “respirada”, acho que vocês vão apreciar a seleção (ufa).

A sexta sala vai mostrar obras retratando a abundante e verdejante vegetação local (a ponto de Sàrolta a denominar Série Vegetabilis), bem como, e combinando bem diria, constam obras e esculturas dos mais famosos animais mitológicos, inclusive em forma de escultura (que não couberam em outro lugar), por isso a denominei a SALA DO REINO DA MITOLOGIA...

A sétima sala e última do Museu 1 ficou razoavelmente dentro dos critérios usados nos Museus, com pequenas divergências e contém técnicas de pigmento sobre álcool, acrílica, e impressão de carimbos de isopor. 

DITO ISSO, preciso ainda completar esta conversa escrita, dizendo que:

1)    SE para especialistas  foi um desafio criar uma linha vermelha no  vasto acervo de Sergius, de modo a criar uma história coerente em cima dele, imaginem para mim, “curadora” inexperiente, aprendendo na raça e coragem, o que foi montar um Museu...

2)   Por isso me valho agora de algumas palavras gentis de Ariane Azambuja, quando veio apresentar o Museu a duas amigas da área de artes, dizendo que este Museu é como se fosse uma extensão da “casa de Sergius” (ela não disse estas palavras, mas assim eu as entendi), sendo assim, você conseguiu evitar o que mais se faz em caso de Museus desse gênero: de encher de obras!

3)   E isso devo ao Pieter, que me disse que o essencial era usar o critério MENOS É MAIS (pois é, isso eu já ouvi na Suíça do meu chefe, quando eu fazia vitrines na butique onde trabalhava).   Pieter também me aliviou em outras questões que não lembraria mais em detalhes e aproveito aqui para deixar a minha e nossa gratidão!

5)  E voltando a Ariane: subentendi também, que por ser um Museu particular e pessoal, há bem mais liberdade do que em um oficial.

6)    Por isso aliás, optei por usar uma tinta amarela para repintar as paredes, pois a cor de palha sugerida, ficou “pálhida demais”  visto que aqui temos pouco sol, muita umidade e, além disso, o amarelo deveria ajudar na iluminação dos ambientes e inclusive dar um ar de aconchego, e, se não bastasse, Elisabeth pediu para pintar uma parede de vermelho... no final, optei, com o aval dela, de pintar várias paredes de vermelho para criar ainda mais calor e energia vibrante... Bem, acho que vocês sabem:  mulheres são perigosas porque são menos lógicas!

7)   E dito tudo isso, espero que vocês apreciem o resultado final, onde não consegui criar uma linha de tempo coerente da sala 1 a 7 como pretendia, pois, na real, tive que me valer do número e do gênero de obras e adequar as mesmas às salas.

8)    O Museu 2 vai conter mais obras que o desejado, mas por pura falta de espaço pois são 90% obras tridimensionais, com exceção das obras digitais: aliás, neste caso, aproveitei as que estavam emolduradas – haveria dezenas de outras que talvez ficassem melhor representadas, mas estas  os livros vão  retratar de forma excelente.

9)    Finalmente: se faltar alguma etiqueta (e vai faltar)... não me peçam para explicar!!!

Gratidão a todos pela honra de sua visita e pela compreensão!

Helena Schaffner

Curadora Aprendiz


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