...NÃO FALADA, POR ISSO SEGUE AQUI PARA REGISTRO!
Estou em frente da placa de reabertura! |
A placa ficou escura e será refeita! |
Como não consegui fazer minha Fala no ato da reinauguração devido a alguns imprevistos, deixo-a aqui registrada face aos vários detalhes importantes que ela contém para futuros visitantes do Museu inclusive (vejam post à parte contendo as imagens de cada sala e seu conteúdo).
Caros Convidados!
Por termos em nosso meio especialistas em Arte e Museus, vejo-me na obrigação de dizer umas palavras sobre o critério usado na montagem em relação a algumas salas em especial.
Dito isso, começarei pela primeira sala, onde o Autorretrato do Sergius está pendurado "lá em cima", fora do alcance visual normal. Sergius está “velando” pelo Museu lá “do Alto” – esse foi o critério!
As próximas duas salas contem
as obras produzidas nos anos 60, após Sergius se aprofundar nos estudos do
teólogo Teilhard de Chardin, a ponto desta série ter sido denominada pela Dra.
Sàrolta de Viena, pela Série Teilhard de Chardin.
Just in time: Dra. Sàrolta Schredl (ler Xárolta), visitou os Museus e a Casa Sede onde Sergius tinha seu Atelier, em novembro de 2011, para em 2012 realizar uma Retrospectiva no Künstlerhaus em Viena, no caso, em outubro de 2012. (Veja detalhes no link do SITE SERGIUS ERDELYI, em POSTAGENS ESPECIAIS).
A quarta sala é a mais crítica:
nela constam obras de várias técnicas, das quais Sergius produziu apenas
poucas, mas que constam nos livros (embora não todas), e na minha modesta
opinião representam fases onde se vê claramente o que motivava Sergius em
produzir arte e que Pieter captou genialmente ao intitular os livros de ART
EXPERIMENT E EXPERIMENT ART, ou seja: a Sergius interessava experimentar
técnicas, materiais e motivos!
A quinta sala contem os
Hinterglas, que, traduzido do alemão significa Pintura atrás do Vidro, que é
uma antiga técnica medieval, isso de um lado da parede e do outro a série Mente
Livre ou Psychoskopie como a Sergius a denominou. Fora o fato de eu ter
intercalado obras maiores e no meio uma menor, para dar uma “respirada”, acho
que vocês vão apreciar a seleção (ufa).
A sexta sala vai mostrar obras
retratando a abundante e verdejante vegetação local (a ponto de Sàrolta a
denominar Série Vegetabilis), bem como, e combinando bem diria, constam obras e
esculturas dos mais famosos animais mitológicos, inclusive em forma de
escultura (que não couberam em outro lugar), por isso a denominei a SALA DO
REINO DA MITOLOGIA...
A sétima sala e última do Museu
1 ficou razoavelmente dentro dos critérios usados nos Museus, com pequenas
divergências e contém técnicas de pigmento sobre álcool, acrílica, e impressão de carimbos de isopor.
DITO ISSO, preciso ainda
completar esta conversa escrita, dizendo que:
1) SE para especialistas foi um desafio criar uma linha vermelha no vasto acervo de Sergius, de modo a criar uma
história coerente em cima dele, imaginem para mim, “curadora” inexperiente,
aprendendo na raça e coragem, o que foi montar um Museu...
2) Por isso me valho agora de
algumas palavras gentis de Ariane Azambuja, quando veio apresentar o Museu a
duas amigas da área de artes, dizendo que este Museu é como
se fosse uma extensão da “casa de Sergius” (ela não disse estas palavras, mas
assim eu as entendi), sendo assim, você conseguiu evitar o que mais se faz em
caso de Museus desse gênero: de encher de obras!
3) E isso devo ao Pieter, que me disse que o essencial era usar o critério MENOS É MAIS (pois é, isso eu já ouvi na Suíça do meu chefe, quando eu fazia vitrines na butique onde trabalhava). Pieter também me aliviou em outras questões que não lembraria mais em detalhes e aproveito aqui para deixar a minha e nossa gratidão!
5) E voltando a Ariane: subentendi
também, que por ser um Museu particular e pessoal, há bem mais liberdade do que
em um oficial.
6) Por isso aliás, optei por usar
uma tinta amarela para repintar as paredes, pois a cor de palha sugerida, ficou
“pálhida demais” visto que aqui temos
pouco sol, muita umidade e, além disso, o amarelo deveria ajudar na iluminação
dos ambientes e inclusive dar um ar de aconchego, e, se não bastasse, Elisabeth
pediu para pintar uma parede de vermelho... no final, optei, com o aval dela, de pintar várias
paredes de vermelho para criar ainda mais calor e energia vibrante... Bem, acho
que vocês sabem: mulheres são perigosas
porque são menos lógicas!
7) E dito tudo isso, espero que
vocês apreciem o resultado final, onde não consegui criar uma linha de tempo
coerente da sala 1 a 7 como pretendia, pois, na real, tive que me valer do
número e do gênero de obras e adequar as mesmas às salas.
8) O Museu 2 vai conter mais obras
que o desejado, mas por pura falta de espaço pois são 90% obras tridimensionais,
com exceção das obras digitais: aliás, neste caso, aproveitei as que estavam
emolduradas – haveria dezenas de outras que talvez ficassem melhor
representadas, mas estas os livros vão retratar de forma excelente.
9) Finalmente: se faltar alguma
etiqueta (e vai faltar)... não me peçam para explicar!!!
Gratidão a todos pela honra de
sua visita e pela compreensão!
Helena Schaffner
Curadora Aprendiz
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